Por determinação da Justiça Federal, nesta quinta-feira (19), a atual diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foram afastados das atividades por 30 dias. A medida também se estende aos atuais diretores do Operador Nacional do Sistema (ONS) e visa evitar que os gestores interfiram na apuração das responsabilidades pelo apagão que atinge o Amapá há 17 dias. Apesar da decisão, o afastamento acontecerá quando os diretores forem notificados formalmente.
A crise de energia já dura mais de 15 dias no estado, que sofreu dois blackouts totais. O primeiro, no dia 3, levou quatro dias para iniciar a retomada do fornecimento. O segundo, na última terça-feira (17), foi ajustado em cerca de 5 horas. Desde então, a população não dorme direito e precisa conviver com um rodízio de energia, enquanto perde eletrodomésticos e vê alimentos estragarem.
O ONS é responsável pela coordenação e controle da operação de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) e pelo planejamento da operação dos sistemas isolados (como aqueles que têm garantido o abastecimento em Oiapoque, no extremo Norte, e Laranjal do Jari e Vitória do Jari, no extremo Sul do estado). O operador é fiscalizado pela Aneel, que foi criada para regular o setor elétrico brasileiro.
Há investigações abertas em órgãos federais (incluindo no ONS e na Aneel) e estaduais para explicar as causas. Enquanto convive com um rodízio de energia, a população usa luz do sol, não dorme direito e perde eletrodomésticos.
A liminar, assinada pelo juiz João Bosco Costa, da 2ª Vara da Justiça Federal do Amapá, foi tomada a pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
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